Uma professora com um propósito: Leticia Dexheimer usa a pesquisa FedEx-EMBARQ para ensinar e inspirar

Uma professora com um propósito: Leticia Dexheimer usa a pesquisa FedEx-EMBARQ para ensinar e inspirar

“Ver tantas cidades preocupadas com a mobilidade sustentável é animador. Todos os investimentos em redes cicloviárias, sistemas BRT, metrôs – são os modais eficientes de transporte, ambientalmente falando.”

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É uma noite de terça-feira em setembro em Porto Alegre. A professora Leticia Dexheimer, PhD, coloca-se em posição em frente aos 20 alunos matriculados na cadeira Transporte e Ambiente, ministrada por ela no campus satélite da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

Leticia é professora da UFPel desde 2012, e este é um momento importante para sua área de atuação.

“Ver tantas cidades preocupadas com a mobilidade sustentável é animador. Todos os investimentos em redes cicloviárias, sistemas BRT, metrôs – são os modais eficientes de transporte, ambientalmente falando.”

Mas mesmo que grandes avanços em transporte sustentável estejam sendo feitos ao redor do mundo, Leticia adverte seus alunos de que ainda restam muitos desafios.

O setor de transporte público, por exemplo, enfrenta uma série de obstáculos para melhorar as tecnologias veiculares e de combustíveis. No Brasil, terra natal de Leticia, o custo muitas vezes é o maior deles: “O Brasil é um país com uma visão corporativa diretamente relacionada ao custo. Tecnologias com custos altos e demora no retorno ao investimento inicial não vão ser utilizadas a menos que se tornem obrigatórias por lei”.

Um artigo recente do Programa FedEx-EMBARQ de Mobilidade e Acessibilidade (FedEx-EMBARQ Mobility and Accessibility Program – MAP) tem potencial para desempenhar um papel-chave na mudança dessa percepção. Exhaust Emissions of Transit Buses, publicado em outubro de 2012 por um time internacional de especialistas da FedEx e da EMBARQ, compilou um extenso conjunto de dados referentes às emissões de ônibus em uso, analisando as combinações entre combustível e tecnologia e seus impactos nas frotas. O estudo examinou emissões locais na Índia, no México e no Brasil, bem como emissões globais, para entender seu impacto no meio ambiente e na saúde das pessoas.

A professora conheceu a pesquisa quando foi orientadora da tese de Magdala Arioli, Coordenadora de Projetos de Transporte e Clima da EMBARQ Brasil e uma das autoras do trabalho. Leticia acredita que o estudo pode ter grandes implicações no Brasil: “Essa pesquisa oferece uma visão bastante ampla dos combustíveis e tecnologias disponíveis no mercado e uma base de conhecimento para a capacitação dos operadores de ônibus e agências de trânsito”.

"Muitos destes grupos não têm um conhecimento profundo sobre as diversas emissões e seus impactos."

"Isso pode ajudar as agências brasileiras a pensar em longo prazo sobre suas decisões e também a registrar informações importantes, como os dados sobre custos dos ônibus."

Devido ao estrito foco no custo, uma característica do Brasil e de muitos outros países em desenvolvimento no que diz respeito a políticas e investimentos, Leticia enfatiza a importância da flexibilidade demonstrada pelo estudo, que traz uma ampla gama de combustíveis e tecnologias disponíveis hoje. Ao permitir a análise de várias combinações, esse conjunto de dados pode ajudar as empresas operadoras de ônibus nas decisões relativas ao investimento em novas tecnologias e combustíveis. “O fato de que a análise mostra os diferentes resultados dependendo das combinações possíveis permite que as empresas mudem ou não suas decisões e políticas”, analisa a professora.

Leticia sugere duas ideias para encorajar investimentos mais inteligentes e ambientalmente eficietes no setor de combustíveis e tecnologia veicular no Brasil. Em primeiro lugar, os financiamentos poderiam ser oferecidos a taxas de juros mais baixas para o recondicionamento de frota que oferecer os melhores benefícios ambientais. Segundo, investimentos “verdes” para a melhoria das frotas poderiam ser usados como estratégia de marketing, atraindo os passageiros que procuram diminuir seu impacto ambiental. Com esforço, energia e análise de dados – como os que estão reunidos em Exhaust Emissions of Transit Buses – as possibilidades são aparentemente intermináveis.

Dentro de mais alguns anos, uns dos atuais alunos de Leticia podem estar estudando a reinvenção das frotas de ônibus no Brasil. Por enquanto, ela se dedica a usar as informações da pesquisa FedEx-EMBARQ para guiá-los: “Eu sou professora de uma disciplina que fala de transportes e meio ambiente. Esse tipo de análise, assim como os resultados mostrados por esse trabalho, vão fazer parte do meu plano de ensino daqui para frente”.

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